O caráter anticolonial da luta contra o racismo no Brasil
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Fecha
2021-11-16
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Editor
Pontificia Universidad Católica del Perú
Resumen
The text intends to analyze the impact of Brazilian colonial slavery on social relations today. The purpose of the text is to reflect on the reasons why in Brazil, contrary to what happened, for example in Germany after the Nazi regime, a feeling of shame that would led to guilt and reparation was not fostered in face of the genocide of the indigenous and black people. My hypothesis is that the naturalization and normalization of these facts contribute to the permanence of the coloniality of power, that is, to an unequal distribution of power based on a hierarchy between the races, and their effects, structural, institutional and daily racism. The Brazilian has ‘whiteness’ as a goal and despises its non-European origins. This colonization of the imaginary leads to our intellectual and political subordination. As long as the population is not able to face the trauma of slavery, and understand that it needs to demand reparation from political authorities and economic elites, we will continue to follow a colonial ethos, reproducing Eurocentric racial social standards.
O texto pretende analisar o impacto da escravidão colonial no Brasil para as relações sociais nos dias de hoje. O objetivo do texto é refletir porque no Brasil, ao contrário do que ocorreu, por exemplo, na Alemanha após o regime nazista, não ter sido fomentado um sentimento de vergonha, que levasse a culpa e reparação pelo genocídio da população indígena e negra. Minha hipótese é a de que a naturalização e a normalização desses fatos contribuem para a permanência da colonialidade do poder, isto é, de uma distribuição desigual do poder baseada em uma hierarquia entre as raças, e seus efeitos, os racismos estrutural, institucional e cotidiano no Brasil. O/a brasileiro/a tem a ‘branquitude como meta e despreza suas origens não europeias. Essa colonização do imaginário conduz a nossa subordinação intelectual e política. Enquanto a população não for capaz de enfrentar o trauma do escravismo, e entender que precisa exigir das autoridades políticas e elites econômicas reparação pelos danos e sofrimentos causados, continuaremos seguindo um ethos colonial, reproduzindo padrões sociais raciais eurocêntricos.
O texto pretende analisar o impacto da escravidão colonial no Brasil para as relações sociais nos dias de hoje. O objetivo do texto é refletir porque no Brasil, ao contrário do que ocorreu, por exemplo, na Alemanha após o regime nazista, não ter sido fomentado um sentimento de vergonha, que levasse a culpa e reparação pelo genocídio da população indígena e negra. Minha hipótese é a de que a naturalização e a normalização desses fatos contribuem para a permanência da colonialidade do poder, isto é, de uma distribuição desigual do poder baseada em uma hierarquia entre as raças, e seus efeitos, os racismos estrutural, institucional e cotidiano no Brasil. O/a brasileiro/a tem a ‘branquitude como meta e despreza suas origens não europeias. Essa colonização do imaginário conduz a nossa subordinação intelectual e política. Enquanto a população não for capaz de enfrentar o trauma do escravismo, e entender que precisa exigir das autoridades políticas e elites econômicas reparação pelos danos e sofrimentos causados, continuaremos seguindo um ethos colonial, reproduzindo padrões sociais raciais eurocêntricos.
Descripción
Palabras clave
Whiteness, Coloniality of power, Colonial wound, Branquitude, Colonialidade do poder, Ferida colonial, Anticolonialism in Brazil
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