Mulheres transexuais e travestis negras: vulnerabilidade, preconceito e discriminação
Date
2021-11-16Author
Castro Siqueira, Gabriel
Marrone Marcolino, Alice
de Oliveira dos Santos, Alessandro
Metadata
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Fuente
Debates en Sociología; Núm. 52 (2021): Volumen temático: Estudios de población y vulnerabilidad social: perspectivas latinoamericanasAbstract
This article discusses experiences of prejudice and discrimination of black travestis and trans women and their coping strategies. This descriptive qualitative study examined the experiences of five participants in the age range of 25 to 47 years, living in Brazil. The findings suggest that black travestis and trans women experience high levels of vulnerability to violence due to perceived racial, sexual, and gender prejudice and discrimination. That often hinders their gender transition processes and disturbs their flourishing in their diversified identities. Religious belonging and participation in social movements are their main coping strategies to strengthen self-esteem, elaborate experiences of prejudice and discrimination, and explore their possibilities of womanhood or femininity. The creation or improvement of healthcare policies and practices designed with and for travestis and trans women is fundamental to their good living and to reduce their vulnerability to violence. Este texto discute experiências de preconceito e discriminação de mulheres transexuais e travestis negras e suas estratégias de enfrentamento. Trata-se de um estudo qualitativo descritivo, com cinco participantes na faixa etária de 25 até 47 anos. Os resultados mostraram que a maior vulnerabilidade à violência de mulheres transexuais e travestis negras resulta de experiências de preconceito e discriminação racial e sexual, fazendo com que elas se sintam prejudicadas ao realizar sua transição de gênero e impedidas de viver plenamente as identidades que assumiram para si. O pertencimento religioso e a participação em coletivos auto-organizados são suas principais estratégias de enfrentamento; para fortalecer a autoestima, elaborar as experiências de preconceito e discriminação e explorar suas possibilidades de feminilidade livremente. A criação ou aprimoramento de políticas que possam apoiar integralmente à saúde das mulheres transexuais e travestis, é fundamental para promover o bem viver dessa população e reduzir sua vulnerabilidade à violência.