Expropiación territorial, pandemia y resistencia
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Anthropologica; Vol. 42 Núm. 52 (2024)Abstract
In the COVID-19 pandemic, indigenous peoples in the southeast of Pará faced, among many emergencies, the worsening of territorial violations and precarious health care and education, without depriving them of resilience to frontier capitalism in the region. The information obtained through interviews with indigenous leaders, consultation of official data and those published by the Articulation of Indigenous Peoples of Brazil (APIB), as well as field notes on the performance of the Mutual Support Network to Indigenous Peoples of Southeastern Brazil Pará, highlights the strategic use of the territory for isolation and resurgence of cultural practices, and the formulation of policies to resist the systemic crises aggravated by the fascist national government of the period. Na pandemia da COVID-19, os povos indígenas do sudeste do Pará enfrentaram, dentre tantas emergências, o agravamento das violações territoriais e as precarizações de atenção à saúde e à educação, sem privá-los da resiliência ao capitalismo da fronteira na região. As informações obtidas por entrevistas junto a lideranças indígenas, consulta de dados oficiais e aqueles publicizados pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), além de anotações de campo sobre a atuação da Rede de Apoio Mútuo aos Povos Indígenas do Sudeste do Pará, evidenciam o uso estratégico do território para isolamento e recrudescimento de práticas culturais, e a formulação de políticas de resistência às crises sistêmicas agravadas pelo governo nacional fascistóide do período. En la pandemia de COVID-19, los pueblos indígenas del sureste de Pará enfrentaron, entre muchas emergencias, el agravamiento de las violaciones territoriales y la precariedad en la atención de salud y educación, sin privarlos de resiliencia al capitalismo de frontera en la región. Mediante la información obtenida a través de entrevistas con líderes indígenas, consulta de datos oficiales y publicados por la Articulación de los Pueblos Indígenas de Brasil (APIB), así como de notas de campo sobre el desempeño de la Red de Apoyo Mutuo a los Pueblos Indígenas del Sudeste de Pará en Brasil, se resalta el uso estratégico del territorio para el aislamiento y el resurgimiento de prácticas culturales, y la formulación de políticas para resistir las crisis sistémicas agravadas por el gobierno nacional fascista del período.