Acaparamiento de tierras y «frágil gobernanza de la tierra» en la frontera agrícola de Matopiba
Date
2023-12-12Author
Silva, Anderson Antonio
Tartalha Nascimento Lombardi, Thais
Wylk, José
Metadata
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Fuente
Debates en Sociología; Núm. 57 (2023)Abstract
This article contributes to the current debate on the violation of human rights through the practice of green grabbing. The study reflects upon the situation of territorial insecurity and the struggle for territorial rights of the Akroá Gamela people, who live in the south of the State of Piauí, characterized by what is called here weak land governance. The indigenous territory studied does not have its homologation process finalized, which means that it does not officially exist, nor does it allow its boundaries to be added to most of the official databases of different governmental spheres. The region where the Akroá Gamela people are located is also situated within an area of advancing agricultural frontier known as Matopiba, located in the Cerrado area, the second largest biome in Brazil and South America. The main goal is to think on how green grabbing wickedly uses legal problems of communication between entities and governance to foster deforestation. To do so, we analyze two land regulation tools: the Rural and Environmental Registration (CAR) and the Vegetation Suppression Authorization (ASV), to understand this process of traditional population and peasants' land rights encroachment. Este artículo contribuye al debate actual sobre la violación de los derechos humanos mediante la práctica del acaparamiento de tierras. El estudio refleja la situación de inseguridad territorial y la lucha por los derechos territoriales del pueblo Akroá Gamela, que vive en el sur del Estado de Piauí, caracterizado por lo que aquí denominamos frágil gobernanza de la tierra. El territorio indígena aquí estudiado no tiene su proceso de homologación finalizado, lo que significa que no existe oficialmente, ni se permite que sus límites sean agregados a la gran mayoría de bases de datos oficiales de las diferentes esferas gubernamentales. La región donde se encuentra el pueblo Gamela está situada dentro de una zona de avance de la frontera agrícola conocida como Matopiba, en el Cerrado, el segundo bioma más grande de Brasil y Sudamérica. El objetivo principal es reflexionar sobre cómo el acaparamiento de tierras utiliza perversamente los problemas de comunicación entre entidades y la gobernanza de los instrumentos legales para fomentar la deforestación. A tal efecto, analizamos dos herramientas de regulación de la tierra —el Registro Rural y Ambiental (CAR) y la Autorización de Supresión de Vegetación (ASV)— para entender este proceso de usurpación de los derechos sobre la tierra de la población tradicional y campesina. Este artigo contribui para o debate atual sobre a violação de direitos humanos a partir da prática de green grabbing. O estudo reflete a situação de insegurança territorial e a luta por direitos do povo Akroá Gamela, residentes no sul do Estado do Piauí, caracterizado pelo que chamamos aqui de governança fundiária frágil. O território indígena aqui estudado não tem seu processo de homologação finalizado, o que faz com que a Terra Indígena não exista oficialmente e nem permite agregar seus limites às bases de dados oficiais de diferentes esferas governamentais. A região estudada está situada dentro de uma área de avanço da fronteira agrícola conhecida como Matopiba, de incidência do Cerrado, segundo maior bioma do Brasil e da América do Sul. Nosso objetivo é pensar como o green grabbing opera a partir de relações perversas entre instrumentos legais de regularização fundiária e fragilidades de fiscalização e comunicação inerentes a esses instrumentos, resultando no aumento do desmatamento na região. Refletimos a partir de dois instrumentos de regularização fundiária — Cadastro Ambiental Rural (CAR) e Autorização de Supressão de Vegetação (ASV) — para entender processos de usurpação dos direitos à terra de camponeses e comunidades tradicionais.